domingo, julho 31, 2005

DIA 3



Último dia de boi
dessa vez resolvi participar dos dois, mas com a roupa de cada boi.

na hora do boi branco que ia se apresentar primeiro, eu ia de vermelho.
na hora do boi preto, que ia se apresentar por último, eu ia de azul.

e assim fiz.
a sorte me sorriu e fez com que na hora de aparecer o boi, de ambos os lados, o lindo boi passou, nas duas apresentações ao meu lado.
lindo espetáculo, outras alegorias, tudo enchia meus olhos curiosos com cores, danças e uma energia contagiante.

e dancei
e brinquei
e pulei
e agitei as alegorias
e cantei
e sorri
e fui-me embora feliz
daquele espetáculo que jamais me esquecerei...
as pessoas diziam para mim o tempo todo: Você tem que conhecer Partintins...


eu respondia:


estou conhecendo Barreirinha e tô gostando MUITO!


sábado, julho 30, 2005

DIA 2





Expectativa no ar no primeiro dia de apresentação do boi de Barreirinha sem esse.

De tarde fui almoçar na casa da Mara e do Evaldo e a discussão consistia em que lado nós ficaríamos na arena pois o Evaldo é boi branco e a Mara é boi preto.

A questão foi colocada para todos os integrantes da turma que iria ao primeiro dia de apresentação do boi.

O boi preto iria se apresentar primeiro, depois o branco. (o boi preto é azul e o branco é vermelho, um pouco confuso, mas logo se acostuma).

Ficou combinado que iríamos fazer boi preto e depois boi branco, na ordem , ou seja, mudaríamos de lado seguindo as apresentações.

Vesti-me de cunhada, ela me emprestou todo o verde no armário dela, bem neutro.

E assim seguiu a noite, boi preto na arena, muita alegria e dança, boi branco na arena, mudamos rapidamente de lado e a alegria continuou...inesquecível!

sexta-feira, julho 29, 2005

DIA 1


Se tratava do ensaio das torcidas, ou seja, a animação das próprias, como se esquentassem os tamborins antes do boi de cada um entrar na arena, o que seria feito no dia seguinte.
Fui sem saber os certo o que veria ali
Vi muita animação
Muita gente pulando e dançando como se o boi estivesse brincando ali na arena
Me contagiei
E a festa não havia nem começado...
Depois de dias andando de bicicleta pela pequena cidade no meio do Amazonas, lá estava eu, novamente pulando e dançando as músicas do boi de Barrerinha, sempre tomando cuidado pra não ofender o outro boi usando camisa da cor errada na outra torcida
era necessário ter respeito e sempre usar cores neutras na torcida alheia, pois cada boi tem seu lado da arena e nunca se misturam
ê boi ê boi



Ciria, Lara e Andreinha

quarta-feira, julho 27, 2005

Barreirinha sem S



Chegada ao "porto" de Barreirinha no barco São Francisco do Anamã XII
Sol forte batendo
Em companhia de meu irmão que não via há 6 meses, fui caminhando pelas ruas tentando entender os caminhos feitos e a dimensão da cidade
Sol queimando as idéias
Chegada na casa que me hospedaria pelos próximos dias
Ufa!
Achei que o calor iria ficar lá fora, mas ele entrou comigo
e ficou em minha companhia durante toda a minha estada naquele lugar que me recebeu tão bem...
estava para conhecer mais um interior do Amazonas
A noite, fomos todos ver o ensaio do boi preto
No início estranhei, tudo novo, coisas novas, roupas e música diferente, dança diversa, nada que eu tenha visto até aqui, mas no final dancei com se fosse bem familiar tudo aquilo que havia acabado de conhecer

terça-feira, julho 26, 2005

Enquanto o barco não sai...






Fico desenhando do barco olhando para o porto de Manaus

No barco




Havia uma certa expectativa no ar afinal era a minha primeira viagem de barco. Arrumada a mala, pequena e necessária, as últimas recomendações foram dadas. Lá vou eu para o porto de Manaus. Quase não saio, pois havia caído o sistema nos guichês de venda de passagem e dois dos atendentes me informaram que sem energia não se emitia bilhetes.

Entrei no barco e logo a procura por um lugar para atar minha rede se tornou a principal meta. Achado um bom lugar, atei a rede emprestada e logo me sentei para não perder o canto. Depois de muito esperar, o barco saiu do porto e para na balsa para entrar mais gente, então a angústia de quem sobe para atar a rede é grande. Em poucos minutos o local está infestado de gente que quer garantir seu lugar, o barco vira um mar de redes coloridas. Nunca havia me imaginado em um desses barcos apenas de ouvir os relatos de amigos, e ali estava eu naturalmente começando minha primeira viagem de barco: seriam 24 horas até Barreirinha.

A paisagem tediosa, como me haviam descrito, é maravilhosa, a variedade de tons esverdeados nessa natureza amazonense é de difícil reprodução. Passei horas sentada tentando ser fiel em minhas aquarelas. Ao começar a desenhar, as aquarelas logo despertaram a curiosidade das crianças que, menos tímidas, me rodearam e me encheram de perguntas sobre minha arte. Logo vieram os adultos e até o câmera da rede de Tv de Manaus que vinha no barco para cobrir o Festival, pediu para me filmar pintando — eu parecia uma ET no meio daquela gente.
O pôr-do-sol foi algo perto do espetáculo: o sol se pôs dentro do rio, de largura inimaginável para alguém como eu--- até conhecer o Amazonas, os rios que conheci no Brasil afora nem se comparam à largura deste.

Sentar-se à beirada do barco, sentido a brisa noturna quase gelada, olhando o céu todo coberto de estrelas, esperando ver alguma luz a beira do rio de alguma comunidade perdida no meio da floresta é definitivamente um bom programa.

E os botos cor-de-rosa nadando ao lado do barco de dia? ? ? (que na verdade são vermelhos)

Nada do que haviam me recomendado serviu, talvez pelo ‘certo terrorismo’, tudo me pareceu mais do que normal: comi a comida do barco, fiz amizades, assisti o show ao vivo de música regional no ‘piseiro’(cobertura) do barco, dormi em rede, e até tomei banho para chegar cheirosa em Barreirinha. As revistas e livros que levei pensando em passar momentos de tédio ficaram dentro da bolsa.

Passamos em Boa Vista dos Ramos onde subiu no barco meu irmão mais novo que não via há seis meses, a partir daí minhas amizades ficaram em segundo plano, pois eu precisava colocar os papos em dia com ele. A brisa era um alívio para quem ia no barco escaldado pelo forte sol, e logo avistamos Barreirinha. Assim, a longa viagem de barco me pareceu curta.

Chegamos em casa onde fui recebida pela minha cunhada com um quindim na mão, feito por ela, já passava do meio-dia e logo almoçamos, aí o descanso e a sensação abafamento me deixou em casa até a noite, quando saímos pra ver o ensaio do touro preto. Conheci gente muito hospitaleira e simpática, sentamos em uma mesa grande de amigos, todos me receberam muito bem, e no final da noite lá estava eu dançando as músicas do touro preto e tocando bumbo no meio das pessoas dessa cidade no meio do Amazonas.

Depois do meu barco, chegaram outros barcos deixando a cidade cheia de gente de fora para ver o Festival do bumba-meu-boi de Barreirinha, que começa esta noite, muito parecido com o festival de Parintins, realizado mês passado e que não pude ver, pois não consegui chegar a tempo aqui no Amazonas.

Mas essa já é uma outra história...

sábado, julho 23, 2005

Interior



O segundo interior que estive aqui no Amazonas foi Rio Preto da Eva
onde comi laranja,
conheci gente muito acolhedora,
escorreguei na bica,
vi pirarucus adultos em cativeiro,
conversei com conterrâneos de minha mãe mineira,
dirigi o carro nas estrada de Manaus,
comi um belo churrasco de frango,
matrinchã (pescado pelo pequeno e bravo Diego, de apenas 7 anos)
e pato com arroz...
tomei banho no igarapé,
vi vitória-régia,
assisti ao por-do-sol no areial
e voltei feliz da vida...

quinta-feira, julho 14, 2005

rios



indo pro encontro das águas
(rio negro e solimões)

Retomando...



O primeiro interior do Amazonas que conheci foi Presidente Figueiredo, em outubro do ano passado, ocasião do casório do Gui (meu irmão mais novo) com a Lana.
Foi a maior galera, parentes e amigos, todos se conhecendo antes do casamento, uma mistura louca, teve passeio p/ ver o encontro das águas, visita no meio da floresta amazônica, bichos da mata e da água, arvores centenárias, vitória-régia, cachoeiras, igarapés,visita ao centro e muito mais...
Agora que teve esse flash back, vale a pena lembrar que foi a maior farra, e como uma imagem vale mais que mil palavras, seção de fotos do passado...

Dias e dias



São Paulo Tricampeão!!!
Fomos a Ponta negra assistir ao jogo em um dos telões
e descobri outros são-paulinos na cidade...
e mais:
Muito calor
Shows da Jazz Band do Amazonas(classeeeee)
Quermesse na rua vizinha com direito a Tacacá e
Pirarucú de casaca(??)
Pastel tamanho família por 1 real
Jantar com gaúchos na casa da vizinha
Show Jazz Bossa Nova
Música ao vivo no Tulipa Negra
Correio
Cyber-café
Bancos e suas dificuldades amazonenses
Caminhadas diárias de 12km até a Ponta Negra
Cerveja no Coco Mania com direito a coruja em cima do poste
...
mas onde eu acho tomates vermelhos???

segunda-feira, julho 11, 2005

Carta séria de Manaus

Buenos, Manaus antes de mais nada se difere muito de sampa pelo calor, isso faz com que as pessoas fiquem de fato com outra velocidade de ação, sem dúvida! Um calor úmido daqui...Tive sorte de chegar nessa cidade com a tal da frente fria que assola o país, na verdade não é frente fria, e sim inverno ne? Aqui começa o verão, que loucura, pode até ter céu encoberto, mas a sensação de abafamento é constante, sim, é dificl acostumar também...esperei uma semana para não mais me sentir cansada depois de comer, por exemplo. Querer tirar uma “siesta” após o almoço é algo inédito! Mas aprendi também a comer coisas mais leves que não pesem tanto no estomago, e de noite, fazer apenas um lanche, assim me sinto mais disposta e mais adaptada.Estou entrando em uma rotina, de ter hora pra entrar na net, de estudar, de assistir tv, de fazer exercícios e de sair pra fazer coisas fora de casa, pois aqui os bairros não são independentes um do outro e quando se tem a intenção de fazer algo o deslocamento com carro ou onibus é inevitável. A impressão é que as coisas são longe e custosas...mas de maneira geral é fácil o deslocamento, parece que todas as vias dão no centro, como todos os caminhos levam a Roma...Buenos, em relação a trabalho as coisas não tem nada a ver com sampa, parece que Manaus é uma cidade a ser desbravada, quem tem iniciativa e competência, corre o grande risco de se dar bem. A velocidade também é diversa, claro que estou aqui há apenas uma semana (e um dia) e por isso nem posso esperar grandes definições, mas vejo por um lado que, se eu me dedicar a algo, posso me dar muito bem, mas o problema de ser uma pessoa versátil, acabei me deparando com muitas possibilidades e com isso veio a dificuldade de focar-me em algo! Tenho conversado bastante com as pessoas daqui e caminhos estão sendo abertos, isso me anima, mas ao mesmo tempo penso na educação do Lucas e isso me desanima, pois não conheço nada por aqui em termos de educação... e assim vou seguindo tentando descobrir o lado bom e o ruim daqui pra poder gostar daqui como Manaus é, se for o caso de ficar,que fique bem e consciente. Dentro de alguns dias vou até Barreirinha, onde vive Guilherme (meu irmão) e a Laninha, cunhadinha, e para isso terei que pegar um barco aqui no porto de Manaus e ficar 24 horas até chegar ao meu destino. Quando voltar, subindo o rio, esse mesmo trajeto demorará 36 horinhas, será a maior aventura!Mas depois conto mais...

sábado, julho 09, 2005

emelho pros amigos

Buenos, sinto-me na obrigação, depois de tantos emelhos recebidos, esclarecer algumas verdades sobre Manaus:
não, aqui não tem macacos em cima das árvores
não, também não comemos cérebro de macacos no lanche
não, não vi o rio Amazonas nem mergulhei nele, só se ele passasse por Manaus eu poderia vê-lo e banhar-me
sim, o rio que banha Manaus se chama Negro
não, a pororoca não é aqui em Manaus que acontece
sim, há o encontro das águas aqui sim, mas dos rios Negro e Solimões
não, isso não é a dupla sertaneja, e sim um espetáculo da natureza
não, ainda não vi micos leões dourados nem onças
não, ninguém cria jacaré no quintal
não, aqui não tem pão de açúcar
sim, já estou dirigindo sozinha aqui em Manaus
sim, vi um índio ontem
não, eles não andam pelados nem de cocar na cidade
sim, ele era civilizado e usava roupas, aliás assistia ao mesmo show que eu: jazz bossa nova
não, não vi sucuri alguma na rua
sim, aqui está quente, aliás é muito quente
sim, vou ao show do IRA! e Nando Reis esta noite
sim, tenho muitas saudades
sim,quero saber noticias da terrinha
sim, essa lista acabou!
Se restou alguma dúvida, é só escrever!
Um beijo quase manauara da Lara

domingo, julho 03, 2005

Manaus



Jeri ficou pra trás, agora é hora de novas paisagens, novos horizontes, novas fronteiras, novos ares, novos olhares, novas buscas

sábado, julho 02, 2005

Voar livre para Manaus



Cometas e Estrelas...
Há pessoas estrelas e pessoas cometas.Os cometas passam...Apenas são lembrados pelas datas emque passam e retornam.Os cometas desaparecem...Há muita gente cometa!!Passa pela vida da gente apenas por uns instantes...Gente que não prende ninguém e que a ninguém se prende.Gente sem presença...Assim, são as pessoas que vivem numa mesma família,E passam um pelo o outro sem serem presentes.
Importante é ser estrela...Pemanecer...estar presente...Marcar presença...Estar junto...Ser Luz..Ser calor..Ser vida.AMIGO é estrela Podem passar anos, podem surgir distâncias, mas fica a marca no coração.Coração que não quer enamorar-se decometas, que apenas atraem olhares passageiros...E muitos são os cometas...Passam..., a gente bate palmas e desaparecem.Ser cometa não é ser amigo...É ser companheiro por instantes...É explorar o sentimento humano...A solidão de muitas pessoas é consequência de não poderem contar com alguém.A solidão é o resultado de uma vida cometa!
Ninguém fica.Todos passam...E a gente também passa pelos outros..Há a necessidade de se criar um mundo de estrelas.Todos os dias sentir sua luz e calor...Assim são os amigos-estrela da vida da gente.Pode-se contar com eles.Eles são presença.São coragem nos momentos difíceis.São Luz nos momentos escuros.São segurança nos momentos de desânimo...Ser estrela neste mundo passageiro,neste mundo de pessoas cometas é um desafio,
mas, acima de tudo,uma RECOMPENSA!
"Mesmo que a rota da minha vida me conduza a uma estrela, nem por isso serei dispensado de percorrer os caminhos do mundo."(José Saramago)
a gente se vê voando por aí!
boa viagem pra gente!
Até...

sexta-feira, julho 01, 2005

Desenhosss







Tatajuba
(carvão)
perto de jeri
passeio lindo
banho no mar
descanso na rede
comidinha boa
cerveja
desenho
risada
curiosidade pelas
atividades artísticas
volta no buggy
pulando
e rindo