sexta-feira, junho 26, 2009

Obstáculos te mantém forte
As mágoas te mantêm humano
Os choques te mantêm humilde

sexta-feira, junho 19, 2009

Hoje acordei diferente
Vi o sol
Dispensei quem não me ama
Pensei nos amigos
Em minha mãe
Em quem gosta de mim
Acordei com vontade de tomar meu chá
Comer menos doce
Passear mais com meu filho canino
Cozinhar mais e trazer os amigos para meu canto
Sorrir e voltar a ser eu mesma
Essa menina moça
Menina livre
Que não gosta de regras
Que ri e se embaraça na própria vergonha,
disfarçada para quem não me conhece
Dramática, intensa
Mas nunca a mesma mulher dois dias seguidos
Que gosta de arroz integral e fazer exercicos para mente e corpo
Simplesmente eu
me reecontrando
encontrando o caminhos
e caminhos novos que despontam no horizonte
aberta a conhecer gente legal, gente nova
resgatar gente velha na vida
dispostas ao culto à beleza da troca humana
de poemas
de amizade
de belas palavras
e boa energia
de ombros quando necessários
de experiências
de alegrias
tristezas

senão de que valeria isso tudo aqui?

quinta-feira, junho 18, 2009

basicamente simples

Sento-me na cadeira azul suja pelo tempo mas não desligo a música que entra pelo fone de ouvido, pois o programa que passa na televisão é ruim demais para merecer minha atenção.
A porta se abre, vejo uma jovem com cara carrancuda despontar atrás da cadeira que é arrastada com toda força atraindo os olhares na sala de espera.
Observo sua saia rodada querer escapar do branco jaleco que a jovem veste -- chamam aquela cara de menina de doutora, e a saia combina com o mantra que entra pelos meus ouvidos.
O inusitado encontro com o ex paquera no metrô minutos antes de chegar àquela sala de cadeiras padronizadas me surpreendeu em todos os sentidos: fazia bem um ano que não o via, mas ele não havia me reconhecido na plataforma, disse que era por causa dos óculos escuros. Acho que mudei, mas acho também que ele continua demasiadamente distraído.
A conversa se estendeu ao longo das estações visto que nossas paradas eram próximas, despertando assim a lembrança do quanto ele era carinhoso naturalmente falando. Pensei:' porque nao deu certo?' Temos uma amiga em comum que conhece meu ex namorado, e os dois moços em questão se conhecem,fazendo rapidamente esta conexão, mais uma vez constatei que o mundo é bem pequeno e todos se conhecem, quase sempre. Isso desestimulou-me a investir novamente naquele moço alto e simpático que falava com entusiasmo de tudo que havia feito nesse tempo que deixamos de nos ver.
Tive a certeza de que não seria boa coisa quando toquei no nome do outro e senti um certo rancor por parte de ambos em relação ao provável concorrente, sem ter nada disso declarado, obviamente, mas é como se eles tivessem sentido, como se homens agora tivessem sexto sentido, ou eu é que dei bandeira demais. Confesso que não sou nada discreta.
Quando a menina-moça com saia indiana debaixo do jaleco me chamou e entrei na sala, novamente me surpreendi, dessa vez foi com a delicadeza que ela me apresentou paradoxalmente àquela impressão primeira adquirida ao chegar. Seu sotaque me chamou a atenção e me vi diante de uma mineira muito simpatica que se despediu amavelmente após um papo agradável dentro da sala.
Às vezes me pego questionando qual a real diferença entre essa megalópole que age como uma cidade provinciana e a cidade natal de minha mãe lá em Minas, que é infititamente menor que nossa cidade, mas às vezes você até consegue passar desapercebido.
Eu disse às vezes...

terça-feira, junho 02, 2009

Doença


Ela sempre foi teimosa, muito viva e veloz.
Sempre se esforçou para nos alcançar e participar ativamente de tudo.

Ela me disse que iria sair dessa, como que me acalmando, ou acalmando a si mesmo?

Nesse frio úmido não sinto minhas mãos e agora não pareço sentir sequer minha alma.