sexta-feira, setembro 17, 2010

AMISTAD


Amigo é insubstituível, não se compra, não se vende.

Chacoalha quando precisa chacoalhar.

Amigo cuida.

Dá colo nas horas difíceis.

As vezes a única coisa que precisa fazer é ouvir, sem dizer nada, e depois dar um abraço, daqueles que te fazem sentir único.

Amigo não se compra, não se vende e nem se aluga.

Chora junto e abraça, mesmo que virtualmente.

E não há distância que seja suficiente para separar a amizade de verdade.

A tecnologia invade e rompe toda e qualquer barreira.

Amigo pode ser do passado, do presente e até no futuro.

Nao há lacres, rótulos ou normas. Amigo se identifica, se encontra.

No fundo é a família que escolhemos e levamos conosco, ali naquele lugar especial, do lado esquerdo do peito, ja dizia o poeta.

Amigo te aguenta. Amigo te aceita.

Amigo te conhece como poucos, e ouso dizer que amigo às vezes saca mais de ti que você mesmo. Por isso que, por mais doído que seja, ele fala o que você precisa ouvir.

É um grande referencial de vida.

É um grande porto seguro.

É o grande exercício de exercitar-se como pessoa.

O uivo do vento espanta as palavras que soam como o mate amargo levado pela forca do vento

A adaga esfumacante ensina que o salgado da lágrima so afasta as duvidas surgidas da neblina

O cavalo branco foge e seus cascos estao enlameados, o controle das redeas é falso e o tombo por fim acontece

A floresta escura se apodera da sensaçao que toma conta do controle, do falso controle de controlar

A sensibilidade aguçada perde seu proprio controle, se esvaindo por onde encontra alguma fenda

E a vontade de deitar, fechar os olhos e esquecer, é o que predomina

Transbordar

Esgotar

Frio

Falar

Recomeçar

Buscar

Força

quarta-feira, setembro 01, 2010

Metro é a medida do verso


Ele me disse: ‘Para mim teus textos não tem métrica, acho que são um desabafo’,

‘Para mim está bem’, como se ele completasse antes de retomar a música com o violão.

Para mim não. São textos vindos lá de dentro. Estão prontos, e pronto!

Eu só os coloco em ordem de modo que fiquem claros.

Como David de Michelangelo: ele estava lá dentro do mármore, disse o artista.

Para mim, os textos e as palavras estão dentro de uma caixa, que quando é aberta,lá vem tudo junto, numa tacada só. Bom ter lápis e papel a mão, senão elas escapam e tomam a janela ganhando o mundo. E sem recuperar as palavras fugidias que escapam de minha compreensão, no final ficam sem o devido sentido.

E corro o risco de ficar na mão, esperando a próxima visita me deixando envolver pelo timbre de sua voz entre o dedilhar das cordas musicais.

só isso


Não me canso de mergulhar nos teus olhos

Olhos cor de mel, mel da boca, mel de sal, mel de sabor...

Escorrendo assim

Na vã esperança de entrar lá no fundo, nas partes mais escuras e escondidas

brincar de achar, de esconder, de descobrir...

E roubar um pedacinho de tua alma, doce alma, que tenho tido dicas de onde está e como é

Para guardar comigo, assim juntinho do peito,

Abraçando forte, bem forte,

E assim aplacar essa fome de ti

Fatiando a minha alma.