domingo, fevereiro 20, 2011

the fish need the sea

o sol bate forte
lembro-me de tempos longínquos em terras distantes.
onde o espírito voava mais alto que o corpo,
e o frescor da juventude renovava qualquer ânimo,
abatia qualquer cansaço e aplacava qualquer preocupação.
o sol sempre renova essa sensação de vitalização ao extremo
e, aliado à brisa suave que acaricia meu espírito cansado de guerra
me dá forças para sorrir com estas lembranças,mesmo em terras bem conhecidas.
a brisa parou, a música não.
escolho aquela que nesta manhã me toca e,
sentada no degrau da padoca onde as mesas foram confiscadas,
deixo minha mão fluir e a caneta escorrega pelo papel incessantemente.
não ouço nada além da música e o som das letras que pulam diante de meus olhos.
penso nos encontros e desencontros, em minhas amigas,
meus amores, minhas dores.
não somos perfeitos, mas porque insistimos em errar?
será que o tempo irá nos dar outra chance?
sentada aqui com meu cão amigo noto que a brisa me abandonou e o sol escalda o asfalto.
vontade de água em meu corpo, o corpo água.
sinto algo gelado em minha canela, gusmão se faz presente e pede atenção.
ele me faz companhia e me cobra por ela com seu sorriso prognata debaixo do focinho.
findo minha vitamina revigorante e me preparo para seguir nosso caminho.
a brisa me abraça por inteira brincando com as folhas do caderno,
como que dizendo: LEVANTA!
através da lentes escuras dos meus óculos, devoro o mundo
e deixo-me levar ao ouvir o arranjo de cordas que é tomado pela gaita de fole.
pouso o copo no balcão, agradeço e ganho um sorriso em troca.
ao olhar para trás, vejo que deixo no degrau os resquícios de erros e atos impensados do dia anterior.
hora de mover-se, late gusmão.
desço a rua sem destino e sem hora.
até o sol me expulsar da rua com sua força.
aquela mesma que me alimenta.

the fish need the sea

o sol bate forte
lembro-me de tempos longínquos, em terras distantes.
onde o espírito voava mais alto que o corpo,
e o frescor da juventude renovava qualquer ânimo,
abatia qualquer cansaço
e aplacava qualquer preocupação.
o sol sempre renova essa sensação de vitalização ao extremo.
o sol aliado à brisa suave que acaricia meu espírito cansado de guerra
e me dá forças para sorrir com estas lembranças,
mesmo em terras bem conhecidas.
a brisa parou, a música não.
escolho aquela que nesta manhã me toca e,
sentada no degrau da padoca onde as mesas foram confiscadas,
deixo minha mão fluir e a caneta escorrega pelo papel.
penso nos encontros de desencontros, em minhas amigas,
meus amores, minhas dores.
não somos perfeitos, mas porque insistimos em errar?
será que o tempo irá nos dar outra chance?
sentada aqui com meu cão amigo noto que a brisa me abandonou e o sol escalda o asfalto.
vontade de água em meu corpo,
o corpo água.
sinto algo gelado em minha canela, gusmão se faz presente e pede atenção.
ele me faz companhia e me cobra por ela com seu sorriso prognata debaixo do focinho.
findo minha vitamina revigorante e me preparo para seguir nosso caminho.
a brisa me abraça por inteira brincando com as folhas do caderno,
como que dizendo: LEVANTA!
através da lente escuro do meu óculos, devoro o mundo
e deixo-me levar pelo arranjo de cordas que é tomado pela gaita de fole.
deixo o copo no balcão, agradeço ganho um sorriso em troca e ao olhar para trás,
vejo que deixo no degrau os resquícios de erros e atos impensados do dia anterior.
hora de mover-se, late gusmão.
desço a rua sem destino e sem hora.
até o sol me expulsar da rua com sua força.
aquela mesma que me alimenta.




terça-feira, fevereiro 15, 2011

bicudos


A menina está com dificuldade de entrar em acordo com a seu gato.

Ela quer uma coisa e a moço quer outra, bem diferente do que ela quer.

Eles não chegam a um acordo, ele então faz menção de ceder mesmo a contragosto, mas ela inesperadamente tira o cellular da mão dele e joga no chão, o impedindo de usa-lo extamente no momento que ele estava usando.

Ao fazer isso, diz não querer mais um acordo e explica sua atitude como profilático para evitar brigas futuras. As afirmações dela se desfazem com seu ato.

Se fosse no velho oeste, ela seria julgada e desmetida, sendo informada que os atos explicam mas não justificam a atitude.

Se fosse hoje, acho que ela iria pra cama sozinha, quem sabe pensar sobre seus atos.

Imagem Soul Artesanal

segunda-feira, fevereiro 07, 2011


esta é uma rima de alegria,
da paisagem, da poesia.

fala de amizade e cor,
apostando na lealdade sem dor.

com amizade não se brinca,
é forte como um copo que sequer trinca.

amizade presente no amor, na gente,
onde a troca é o que há de mais quente.

tenha sempre guardado em seu bolso,
ou em algum lugar seguro como um armário ou um calabouço.

não venda não empreste nem dê
um dia você poderá devorá-lo com azeite de dendê.

sorria e não pense na tristeza,
pois isso é uma dádiva,
de inigualável beleza.


Navegar é preciso , viver não é preciso

Em todo lugar que meu olhar se fixa, sempre encontra uma imagem.

Para as nuvens nem olho mais, hoje consigo visualizar as formas mais interessantes até em uma poça de água no chuveiro: a cabeça do pato alienígena que devagar vai se transformando em um ganso observador.

Ainda dentro do chuveiro vejo no padrão que se repete na porta do box o rosto do sujeito mal encarado da esquina que se parece com o pirata de nossas aventuras de infância: muitos mini piratas povoam meu box.

E assim sigo em busca de novas imagens que talvez nunca conseguirei reproduzir mas que minha cabeça povoarão.

o não mergulho


De tão nebuloso, meus olhos não conseguem enxergar.

De tão solitário, seus olhos não conseguem me alcançar.

O futuro logo ali se faz presente,

Podendo então estar ausente.

E quem escolhi estar ao meu lado,

Sem poder olhar de frente, faz o caminho livre para o descaso.

O ouvido que não ouve, o coração que não bate,

O sentimento que não alcança.

A vida deixa de ser a arte do encontro pois uma hora cansa.

Logo ali te encontrei, logo ali te deixarei.

Se as lágrimas insistirem em tomar lugar do sorriso,

O pássaro baterá as asas para voo mais conciso.

Ganhará o azul do mar.

E secando as lágrimas, a falta de ar irá cessar.

Entre as montanhas, o vale ganhará a visão,

Do novo horizonte a ser alcançado com os pés no chão.

Assim termino essa rima tola igual a história de maria e joão,

Com meus sentimentos e coração escancarados em minha mão.