quarta-feira, abril 13, 2011


um olhar
um sentimento
o vento passou por mim
e soprou
em muita coisa
quase nada
sobras do tempo

o dorso branco
do cavalo magro
reluz na caatinga
na seca
na esperança de vida

sua cercas nos
cercam
os olhos cercam
claro cerrado

o pó da estrada
abraça os raios do sol
que vem da imensidão
do céu ardente

e a alma plaina
filtrada pelo verde
do infinito

uma ponta de vida
debaixo das secas nuvens
nas curvas da estrada
do horizonte luminoso
jan 1995