segunda-feira, dezembro 19, 2005

Eu falei com Noel



As viagens continuam aqui em Sampa.
Dessa vez eu não esperava, mas tive o privilégio de conversar com o tal do velhinho de que todos falam, eu, que esperei tanto tempo pra ter aquele papo de gente grande, consegui finalmente essa chance!
...O problema foi que, ao encontrá-lo, ele me pediu que o ajudasse com sua roupa, e daí eu percebi que palavras não seriam muito úteis...
deixei que Lucas se encantasse com ele também.
Quem sabe um dia...

terça-feira, setembro 20, 2005

Na correria um momento de calma

Algumas semanas de são paulo e achei que os caminhos e ritmos já estariam incorporados.
até que esta manhã fui a um negócio, no sentido de comércio, prestação de serviços e, após ser atendida, me dei ao luxo( pois aqui em sampa é assim) de sentar, esquecer do relógio e das pessoas, e ler um artigo numa revista encontrada ali.
após alguns minutos de concentração ouvi da pessoa que havia me atendido:


nossa que traquilidade

isso me fez pensar.

não havia nada a comentar.

estava feliz e calma...

segunda-feira, setembro 05, 2005

Sorriso


Não tenho como descrever a carinha dele ao me ver ao vivo depois de dois meses...
Como ele está grande!
que sorriso lindo!
sim,que saudade!
Foi o melhor presente que ele pode me dar em seu aniversário,
depois de ter nascido...

domingo, setembro 04, 2005

terça-feira, agosto 16, 2005

Barreirinhas

No Maranhãooooooooooooooooooooooooooooooooooo
ooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo
ooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo



Cidade convidativa a sentar-se a beira-rio e deixar se levar pelas ondas do rio preguiça...a olhar o vai-e -vem das voadeiras subindo e descendo o rio, desde o amanhecer até o pôr-do-sol, a admirar suas cores e sua gente brincando na duna molhada por suas águas.

quinta-feira, agosto 11, 2005

comendo ostras no mangue seco


depois de um longa caminhada desde o povoado até a beira do braço do rio
onde
os cavalos marinhos se escondem entre as raízes rasas
e o prêmio é o mergulho contra a correnteza
nas límpidas águas cearenses

terça-feira, agosto 09, 2005

Sou uma formiga

Me lembro do verão de 1994, quando parti com minha amiga Lu e seu amigo espanhol Manuel dentro de um ônibus que nos levaria a Chapada Diamantina(BA), onde encontraríamos tantos outros amigos. No final, para chegar ali, estivemos dentro do ônibus por 36 horas. Dentro desse mesmo ônibus, passamos juntos o Natal de 1993.
Lá na Chapada passamos bons momentos em caminhadas e cachoeiras, inclusive na caminhada da cachoeira da fumaça, que levava 3 dias até completar todo o percurso. Foi uma das passagens de ano mais marcantes da minha vida: todo grupo deitado em uma grande rocha olhando para aquele céu estupidamente forrado de estrelas. Tomamos 3 garrafas de vinho para comemorar a chegada de 1994, mas acho que só consegui tomar uns 3 goles pois era muita gente e pouco vinho. No final todos nós dormimos antes das 22hs na noite de 31 dezembro de 1993.
¥¥¥
Volto para o presente e vejo essas pessoas embarcando com artefatos indígenas, me lembro que estou em Belém do Pará! Gente entrando e saindo do avião.
Ainda temos que parar em São Luis do Maranhão para chegar em Fortaleza e agora que o sol foi dormir, não terei mais o espetáculo da natureza conversando comigo nessa longa e solitária viagem.




visão de parte do rio amazonas do avião


Quando o ano de 1994 nos deu boas-vindas, e o tempo das caminhadas terminou, lá estava eu mais uma vez levando todos os amigos até o ônibus para me despedir pois eu ficaria mais tempo do que o planejado. Todos se foram e somente eu fiquei.
Chegada minha hora de partir, fui de encontro a dois amigos italianos, Simone e Lucco, que estavam no sul da Bahia.
¥¥¥
Adeus sombras e siluetas de Belém...
raios no horizonte
pista de decolagem a nossa frente
tudo iluminado
as estrelas em Belém brilhavam e piscavam para mim nesse rio de cores
atrás das nuvens o sol ainda dava um último suspiro

até aqui 3 sanduíches, 2 sucos, 1 água e inúmeras balas...

Essa peregrinação toda me remeteu à minha viagem de retorno da Chapada. Solitária, levei 24 horas nas estradas do interior bahiano entre baldeações e trechos mais longos. Passei essas 24 horas muda praticamente, pois entre uma soneca e o acordar na próxima parada, as pessoas que sentavam-se ao meu lado mudavam tão rapidamente, que não tinha tempo hábil de sequer cumprimentá-las...dessa vez até aqui não sentou ninguém do meu lado...

quem cara paca compra, paca cara pagará

Deixei Manaus toda encoberta, coisa rara de se ver desde minha chegada em julho. Alçamos vôo e mal podia ver a cidade que logo foi engolida pelas nuvens.
Passado um tempo vi as praias de Santarém saltarem no meio do tapete de nuvens e depois vi e a imensidão de água a 10 mil metros de altura até a outra margem chapiscada de tantas outras praias. Avistei um barco lá no meio, nesse momento eu pude avistar com nitidez as árvores e seus troncos brancos se contrapondo às copas abundantes esverdeadas, vi casas e estradas de terra, barcos nas praias e ali naquele momento desejei ver gente, pequenas como formigas se movimentando no chão.
Não conseguia tirar os olhos daquele mar de árvores cortado de vez em quando por uma estrada marrom que dava no infinito verde.
Parada em Santarém e troca de assento. Logo sentou ao meu lado uma criança e sua mãe que, não conseguindo afivelar o cinto do filho, me pediu ajuda e observou bem para aprender e afivelar o seu. Assim foi com a mesinha de comer pois estavam na 1ª fila e além de não ter idéia de como fazer, sequer agradeceu...acho que por isso nunca soube o nome do meu pequeno vizinho.


Uma curiosa visão limpou minha vista: como as nuvens se pareciam tanto com a terra?
Minha alma estava suspensa nas nuvens e por elas eu caminhava seguindo o avião...


Nunca havia visto nada tão grandioso como a visão do rio Amazonas antes de pousar em Belém do Pará, perto de Muana e depois de Pina. Estávamos a 2000 m de altura e eu podia distinguir as copas das árvores, ônibus, telhados, barcos e até uma fogueira! Eu via tudo inclusive pequenas formas geométricas coloridas de divisão de plantações e terrenos.
O rio Amazonas parecia não caber dentro dos meus olhos!

Que estranha força silenciosa tem a natureza.

No meio do rio pequenos pontos brancos me chamaram a atenção, o sol se punha banhando com sua cor as marolas que se formavam no rio, que corria lento e preguiçoso.
Eu havia saído de Manaus há 4 horas somente, o relógio indicava 18hs.
Próxima parada: São Luis

segunda-feira, agosto 01, 2005

Barco


Dessa vez seriam 36 horas para voltar a Manaus, pois estaríamos subindo o rio.
Logo cedo, dia seguinte a última noite de festejo do boi, subi no barco para armar minha rede e garantir lugar bom na volta.
Depois das despedidas, meu irmão Gui subiu comigo, ele ia ficar no meio do caminho. Lana e Joanice vieram pra dar tchau, até a próxima!
lembranças da vinda vieram com as marolas do barco, sono, sonho:

com levi, indiozim sapeca que não parava quieto no barco.



coragem dos barqueiros em levar um freezer pra uma comunidade dentro de uma voadeira.



com a paisagem que nunca seria noiosa pra mim, alvo de muitos desenhos.





meu 'quarto' cheio de redes (inclusive a minha) e seus barulhos noturnos.




e tantos outros esses que não tem no nome, mas nas curvas do rio...

cidade sem S num amazonas com S

Dia de partir.
Malas prontas.
Olhar longuínquo,
cabeça com o pensamento no lugar que, dentro pouco, não mais habitaria meus dias.
As ruas,
as lembranças de tão pouco convívio e tão profunda marca,
em um só lugar,
tão simples.

Cidade das bicicletas e motos na rua,
carros pude contar nos dedos quantos tinham na cidade, até atrapalhavam!!
Cidade do tucano filhote criado no quintal,
alimentado de miolo de pão molhado e resto de sementes e frutas esquecidos no chão.

Cidade do forró regional tocado no palco montado pra festa, pertencente a paisagem que dava adeus ao sol que se deitava todas as tardes.

Interior amazonense que me recebeu como se eu fosse amiga e conhecida, que me mostrou sua festa mais importante, onde conheci o boi preto e o boi branco, amigos-inimigos, vizinhos parentes que dividem e reúnem a cidade num jogo paradoxal entre alegorias, música e cores.



Lugar onde mora meu irmão mais novo e sua mulher, onde eles trabalham e se relacionam, relacionando sua origens e bagagem com aquilo e aqueles que veem e vivem ali. Lugar de risadas, lembranças, histórias, comida boa, tranquilidade, sol, sol, sol, sol, calor, calor, calor e claro, calor.

Onde se pode ir à casa do parente da amiga pegar laranjas e na volta ganhar limões para um refresco, na tentativa de aplacar o calor. Onde se vê quiabo de dois tipos, onde se chega a andar de moto em 4 mulheres. Onde se sai a noite de bicicleta e a pé.


Um lugar onde o tempo é outro daquele de onde venho, onde o tempo tem seu
próprio tempo
.


lugar de Gui, Lana, Mara, Evaldo, Tot, Sarah, Joanice, marido,filhos e netos, dona Leonor, Ciria, Andreinha, boi preto e boi branco...

domingo, julho 31, 2005

DIA 3



Último dia de boi
dessa vez resolvi participar dos dois, mas com a roupa de cada boi.

na hora do boi branco que ia se apresentar primeiro, eu ia de vermelho.
na hora do boi preto, que ia se apresentar por último, eu ia de azul.

e assim fiz.
a sorte me sorriu e fez com que na hora de aparecer o boi, de ambos os lados, o lindo boi passou, nas duas apresentações ao meu lado.
lindo espetáculo, outras alegorias, tudo enchia meus olhos curiosos com cores, danças e uma energia contagiante.

e dancei
e brinquei
e pulei
e agitei as alegorias
e cantei
e sorri
e fui-me embora feliz
daquele espetáculo que jamais me esquecerei...
as pessoas diziam para mim o tempo todo: Você tem que conhecer Partintins...


eu respondia:


estou conhecendo Barreirinha e tô gostando MUITO!


sábado, julho 30, 2005

DIA 2





Expectativa no ar no primeiro dia de apresentação do boi de Barreirinha sem esse.

De tarde fui almoçar na casa da Mara e do Evaldo e a discussão consistia em que lado nós ficaríamos na arena pois o Evaldo é boi branco e a Mara é boi preto.

A questão foi colocada para todos os integrantes da turma que iria ao primeiro dia de apresentação do boi.

O boi preto iria se apresentar primeiro, depois o branco. (o boi preto é azul e o branco é vermelho, um pouco confuso, mas logo se acostuma).

Ficou combinado que iríamos fazer boi preto e depois boi branco, na ordem , ou seja, mudaríamos de lado seguindo as apresentações.

Vesti-me de cunhada, ela me emprestou todo o verde no armário dela, bem neutro.

E assim seguiu a noite, boi preto na arena, muita alegria e dança, boi branco na arena, mudamos rapidamente de lado e a alegria continuou...inesquecível!

sexta-feira, julho 29, 2005

DIA 1


Se tratava do ensaio das torcidas, ou seja, a animação das próprias, como se esquentassem os tamborins antes do boi de cada um entrar na arena, o que seria feito no dia seguinte.
Fui sem saber os certo o que veria ali
Vi muita animação
Muita gente pulando e dançando como se o boi estivesse brincando ali na arena
Me contagiei
E a festa não havia nem começado...
Depois de dias andando de bicicleta pela pequena cidade no meio do Amazonas, lá estava eu, novamente pulando e dançando as músicas do boi de Barrerinha, sempre tomando cuidado pra não ofender o outro boi usando camisa da cor errada na outra torcida
era necessário ter respeito e sempre usar cores neutras na torcida alheia, pois cada boi tem seu lado da arena e nunca se misturam
ê boi ê boi



Ciria, Lara e Andreinha

quarta-feira, julho 27, 2005

Barreirinha sem S



Chegada ao "porto" de Barreirinha no barco São Francisco do Anamã XII
Sol forte batendo
Em companhia de meu irmão que não via há 6 meses, fui caminhando pelas ruas tentando entender os caminhos feitos e a dimensão da cidade
Sol queimando as idéias
Chegada na casa que me hospedaria pelos próximos dias
Ufa!
Achei que o calor iria ficar lá fora, mas ele entrou comigo
e ficou em minha companhia durante toda a minha estada naquele lugar que me recebeu tão bem...
estava para conhecer mais um interior do Amazonas
A noite, fomos todos ver o ensaio do boi preto
No início estranhei, tudo novo, coisas novas, roupas e música diferente, dança diversa, nada que eu tenha visto até aqui, mas no final dancei com se fosse bem familiar tudo aquilo que havia acabado de conhecer

terça-feira, julho 26, 2005

Enquanto o barco não sai...






Fico desenhando do barco olhando para o porto de Manaus

No barco




Havia uma certa expectativa no ar afinal era a minha primeira viagem de barco. Arrumada a mala, pequena e necessária, as últimas recomendações foram dadas. Lá vou eu para o porto de Manaus. Quase não saio, pois havia caído o sistema nos guichês de venda de passagem e dois dos atendentes me informaram que sem energia não se emitia bilhetes.

Entrei no barco e logo a procura por um lugar para atar minha rede se tornou a principal meta. Achado um bom lugar, atei a rede emprestada e logo me sentei para não perder o canto. Depois de muito esperar, o barco saiu do porto e para na balsa para entrar mais gente, então a angústia de quem sobe para atar a rede é grande. Em poucos minutos o local está infestado de gente que quer garantir seu lugar, o barco vira um mar de redes coloridas. Nunca havia me imaginado em um desses barcos apenas de ouvir os relatos de amigos, e ali estava eu naturalmente começando minha primeira viagem de barco: seriam 24 horas até Barreirinha.

A paisagem tediosa, como me haviam descrito, é maravilhosa, a variedade de tons esverdeados nessa natureza amazonense é de difícil reprodução. Passei horas sentada tentando ser fiel em minhas aquarelas. Ao começar a desenhar, as aquarelas logo despertaram a curiosidade das crianças que, menos tímidas, me rodearam e me encheram de perguntas sobre minha arte. Logo vieram os adultos e até o câmera da rede de Tv de Manaus que vinha no barco para cobrir o Festival, pediu para me filmar pintando — eu parecia uma ET no meio daquela gente.
O pôr-do-sol foi algo perto do espetáculo: o sol se pôs dentro do rio, de largura inimaginável para alguém como eu--- até conhecer o Amazonas, os rios que conheci no Brasil afora nem se comparam à largura deste.

Sentar-se à beirada do barco, sentido a brisa noturna quase gelada, olhando o céu todo coberto de estrelas, esperando ver alguma luz a beira do rio de alguma comunidade perdida no meio da floresta é definitivamente um bom programa.

E os botos cor-de-rosa nadando ao lado do barco de dia? ? ? (que na verdade são vermelhos)

Nada do que haviam me recomendado serviu, talvez pelo ‘certo terrorismo’, tudo me pareceu mais do que normal: comi a comida do barco, fiz amizades, assisti o show ao vivo de música regional no ‘piseiro’(cobertura) do barco, dormi em rede, e até tomei banho para chegar cheirosa em Barreirinha. As revistas e livros que levei pensando em passar momentos de tédio ficaram dentro da bolsa.

Passamos em Boa Vista dos Ramos onde subiu no barco meu irmão mais novo que não via há seis meses, a partir daí minhas amizades ficaram em segundo plano, pois eu precisava colocar os papos em dia com ele. A brisa era um alívio para quem ia no barco escaldado pelo forte sol, e logo avistamos Barreirinha. Assim, a longa viagem de barco me pareceu curta.

Chegamos em casa onde fui recebida pela minha cunhada com um quindim na mão, feito por ela, já passava do meio-dia e logo almoçamos, aí o descanso e a sensação abafamento me deixou em casa até a noite, quando saímos pra ver o ensaio do touro preto. Conheci gente muito hospitaleira e simpática, sentamos em uma mesa grande de amigos, todos me receberam muito bem, e no final da noite lá estava eu dançando as músicas do touro preto e tocando bumbo no meio das pessoas dessa cidade no meio do Amazonas.

Depois do meu barco, chegaram outros barcos deixando a cidade cheia de gente de fora para ver o Festival do bumba-meu-boi de Barreirinha, que começa esta noite, muito parecido com o festival de Parintins, realizado mês passado e que não pude ver, pois não consegui chegar a tempo aqui no Amazonas.

Mas essa já é uma outra história...

sábado, julho 23, 2005

Interior



O segundo interior que estive aqui no Amazonas foi Rio Preto da Eva
onde comi laranja,
conheci gente muito acolhedora,
escorreguei na bica,
vi pirarucus adultos em cativeiro,
conversei com conterrâneos de minha mãe mineira,
dirigi o carro nas estrada de Manaus,
comi um belo churrasco de frango,
matrinchã (pescado pelo pequeno e bravo Diego, de apenas 7 anos)
e pato com arroz...
tomei banho no igarapé,
vi vitória-régia,
assisti ao por-do-sol no areial
e voltei feliz da vida...

quinta-feira, julho 14, 2005

rios



indo pro encontro das águas
(rio negro e solimões)

Retomando...



O primeiro interior do Amazonas que conheci foi Presidente Figueiredo, em outubro do ano passado, ocasião do casório do Gui (meu irmão mais novo) com a Lana.
Foi a maior galera, parentes e amigos, todos se conhecendo antes do casamento, uma mistura louca, teve passeio p/ ver o encontro das águas, visita no meio da floresta amazônica, bichos da mata e da água, arvores centenárias, vitória-régia, cachoeiras, igarapés,visita ao centro e muito mais...
Agora que teve esse flash back, vale a pena lembrar que foi a maior farra, e como uma imagem vale mais que mil palavras, seção de fotos do passado...

Dias e dias



São Paulo Tricampeão!!!
Fomos a Ponta negra assistir ao jogo em um dos telões
e descobri outros são-paulinos na cidade...
e mais:
Muito calor
Shows da Jazz Band do Amazonas(classeeeee)
Quermesse na rua vizinha com direito a Tacacá e
Pirarucú de casaca(??)
Pastel tamanho família por 1 real
Jantar com gaúchos na casa da vizinha
Show Jazz Bossa Nova
Música ao vivo no Tulipa Negra
Correio
Cyber-café
Bancos e suas dificuldades amazonenses
Caminhadas diárias de 12km até a Ponta Negra
Cerveja no Coco Mania com direito a coruja em cima do poste
...
mas onde eu acho tomates vermelhos???

segunda-feira, julho 11, 2005

Carta séria de Manaus

Buenos, Manaus antes de mais nada se difere muito de sampa pelo calor, isso faz com que as pessoas fiquem de fato com outra velocidade de ação, sem dúvida! Um calor úmido daqui...Tive sorte de chegar nessa cidade com a tal da frente fria que assola o país, na verdade não é frente fria, e sim inverno ne? Aqui começa o verão, que loucura, pode até ter céu encoberto, mas a sensação de abafamento é constante, sim, é dificl acostumar também...esperei uma semana para não mais me sentir cansada depois de comer, por exemplo. Querer tirar uma “siesta” após o almoço é algo inédito! Mas aprendi também a comer coisas mais leves que não pesem tanto no estomago, e de noite, fazer apenas um lanche, assim me sinto mais disposta e mais adaptada.Estou entrando em uma rotina, de ter hora pra entrar na net, de estudar, de assistir tv, de fazer exercícios e de sair pra fazer coisas fora de casa, pois aqui os bairros não são independentes um do outro e quando se tem a intenção de fazer algo o deslocamento com carro ou onibus é inevitável. A impressão é que as coisas são longe e custosas...mas de maneira geral é fácil o deslocamento, parece que todas as vias dão no centro, como todos os caminhos levam a Roma...Buenos, em relação a trabalho as coisas não tem nada a ver com sampa, parece que Manaus é uma cidade a ser desbravada, quem tem iniciativa e competência, corre o grande risco de se dar bem. A velocidade também é diversa, claro que estou aqui há apenas uma semana (e um dia) e por isso nem posso esperar grandes definições, mas vejo por um lado que, se eu me dedicar a algo, posso me dar muito bem, mas o problema de ser uma pessoa versátil, acabei me deparando com muitas possibilidades e com isso veio a dificuldade de focar-me em algo! Tenho conversado bastante com as pessoas daqui e caminhos estão sendo abertos, isso me anima, mas ao mesmo tempo penso na educação do Lucas e isso me desanima, pois não conheço nada por aqui em termos de educação... e assim vou seguindo tentando descobrir o lado bom e o ruim daqui pra poder gostar daqui como Manaus é, se for o caso de ficar,que fique bem e consciente. Dentro de alguns dias vou até Barreirinha, onde vive Guilherme (meu irmão) e a Laninha, cunhadinha, e para isso terei que pegar um barco aqui no porto de Manaus e ficar 24 horas até chegar ao meu destino. Quando voltar, subindo o rio, esse mesmo trajeto demorará 36 horinhas, será a maior aventura!Mas depois conto mais...

sábado, julho 09, 2005

emelho pros amigos

Buenos, sinto-me na obrigação, depois de tantos emelhos recebidos, esclarecer algumas verdades sobre Manaus:
não, aqui não tem macacos em cima das árvores
não, também não comemos cérebro de macacos no lanche
não, não vi o rio Amazonas nem mergulhei nele, só se ele passasse por Manaus eu poderia vê-lo e banhar-me
sim, o rio que banha Manaus se chama Negro
não, a pororoca não é aqui em Manaus que acontece
sim, há o encontro das águas aqui sim, mas dos rios Negro e Solimões
não, isso não é a dupla sertaneja, e sim um espetáculo da natureza
não, ainda não vi micos leões dourados nem onças
não, ninguém cria jacaré no quintal
não, aqui não tem pão de açúcar
sim, já estou dirigindo sozinha aqui em Manaus
sim, vi um índio ontem
não, eles não andam pelados nem de cocar na cidade
sim, ele era civilizado e usava roupas, aliás assistia ao mesmo show que eu: jazz bossa nova
não, não vi sucuri alguma na rua
sim, aqui está quente, aliás é muito quente
sim, vou ao show do IRA! e Nando Reis esta noite
sim, tenho muitas saudades
sim,quero saber noticias da terrinha
sim, essa lista acabou!
Se restou alguma dúvida, é só escrever!
Um beijo quase manauara da Lara

domingo, julho 03, 2005

Manaus



Jeri ficou pra trás, agora é hora de novas paisagens, novos horizontes, novas fronteiras, novos ares, novos olhares, novas buscas

sábado, julho 02, 2005

Voar livre para Manaus



Cometas e Estrelas...
Há pessoas estrelas e pessoas cometas.Os cometas passam...Apenas são lembrados pelas datas emque passam e retornam.Os cometas desaparecem...Há muita gente cometa!!Passa pela vida da gente apenas por uns instantes...Gente que não prende ninguém e que a ninguém se prende.Gente sem presença...Assim, são as pessoas que vivem numa mesma família,E passam um pelo o outro sem serem presentes.
Importante é ser estrela...Pemanecer...estar presente...Marcar presença...Estar junto...Ser Luz..Ser calor..Ser vida.AMIGO é estrela Podem passar anos, podem surgir distâncias, mas fica a marca no coração.Coração que não quer enamorar-se decometas, que apenas atraem olhares passageiros...E muitos são os cometas...Passam..., a gente bate palmas e desaparecem.Ser cometa não é ser amigo...É ser companheiro por instantes...É explorar o sentimento humano...A solidão de muitas pessoas é consequência de não poderem contar com alguém.A solidão é o resultado de uma vida cometa!
Ninguém fica.Todos passam...E a gente também passa pelos outros..Há a necessidade de se criar um mundo de estrelas.Todos os dias sentir sua luz e calor...Assim são os amigos-estrela da vida da gente.Pode-se contar com eles.Eles são presença.São coragem nos momentos difíceis.São Luz nos momentos escuros.São segurança nos momentos de desânimo...Ser estrela neste mundo passageiro,neste mundo de pessoas cometas é um desafio,
mas, acima de tudo,uma RECOMPENSA!
"Mesmo que a rota da minha vida me conduza a uma estrela, nem por isso serei dispensado de percorrer os caminhos do mundo."(José Saramago)
a gente se vê voando por aí!
boa viagem pra gente!
Até...

sexta-feira, julho 01, 2005

Desenhosss







Tatajuba
(carvão)
perto de jeri
passeio lindo
banho no mar
descanso na rede
comidinha boa
cerveja
desenho
risada
curiosidade pelas
atividades artísticas
volta no buggy
pulando
e rindo

quinta-feira, junho 30, 2005

Desenhoss










Tatajuba

(giz de cera)

onde eu escorreguei de esqui-bunda, fiz amizade com um pequeno nativo de 11 anos e cantei músicas brasileiras para as espanholas Maria e Maira que foram conosco no buggy.

Desenhos







Lagoa Azul
(aquarela)

quarta-feira, junho 29, 2005

terça-feira, junho 28, 2005

Jericoacoara




Jeri, Jeri, Jeri...
Jeri pela 3a vez, Jeri das dunas, Jeri internacional, Jeri da Paulinha e do Baratão, Jeri do por-do-sol em cima das dunas, Jeri da pedra furada, Jeri da balada para todos os gostos, Jeri do Itamar, da cerveja, do capeta, da água. Jeri dos cyber cafés agora!
Jeri dos passeios, dos padeiros, da natureza, do horizonte que queremos alcançar, mas claro isso é poesia de quem vem visitar...
Jeri é mar, é areia, é cobra no meio do caminho, é folha que cai com a brisa do mar, é cavalo na praia, é caminhada ao final do dia, é olhar a lua, buscar estrelas, achar-se no reflexo pálido da poça d´água no meio do caminho.
Jeri é ainda rua de areia, é cheia de pousada, de buggys e comércio novo, ai Jeri, quanta gente nova, cadê aquele povo que conheci no verão de 1994? depois voltei no inverno de 1999, procurando as mesmas pessoas...
Jeri, do céu azul mar aberto, gente acolhedora. até boi andando nas ruas a se confundir com as sombras noturnas, Jeri banho de mar, maré alta e baixa, pescaria e capoeira...
Quem quer paz, encontra paz, quem quer agito encontra também.
Eu me encontrei e desencontrei várias vezes por ali...
ai Jeri...e fica o suspiro no ar...

domingo, junho 26, 2005

19 horas de viagem





Saída de São Paulo: 21h
Chegada em Fortaleza:01h30
Saída do onibus da Redenção para Jericoacoara:10h30
Conclusão: foram 8 horas dentro do areoporto de Fortaleza, que dizem ser internacional, mas que não possui uma farmácia! e o cyber café estava pifado...
Sentei, andei, vi o céu escuro, assisti 16 vezes as notícias de última hora da band news (sim, eles repetem as notícias!) , guardei metade da minha bagagem no guarda móveis , vi as vitrines, conversei com a moça da infraero de plantão, por fim, ao raiar do dia lá estava eu, no andar panorâmico a desenhar as sombras e siluetas da cidade de Fortaleza na espera de meu ônibus...logo depois me vi dormindo sentada com os pés na minha mala e as pessoas que passavam para ver os aviões que saíam me olhando curiosas...ainda bem que meu onibus saiu pontualmente e não tive que pagar mais micos dentro do aeroporto.
Próxima etapa: viagem até Jijoca
Saída: 10h30
Chegada: 16h
Bora lá...
No ônibus, que melhorou 200% nos últimos 6 anos, (última vez em que estive em Jeri) vimos 2 filmes e tinha ar condicionado, o que nos fazia esquecer onde estávamos, até a parada para o almoço e a típica comida regional do interior do Ceará servido ao lado de uma obra onde os obreiros paravam para nos ver comer.
Que tal?
volta para o onibus e toca para Jijoca, onde trocaríamos de transporte para andar mais uma hora em uma jardineira aberta até chegar (finalmente) a Jericoacoara.