domingo, abril 26, 2009

ice castles

insone, me levantei com a melodia da música do filme que assisti hoje a tarde ecoando na cabeça.
assim sem querer, no intervalo do jogo final do paulista, fui zapeando com meus sobrinhos e me deparei com um clássico dos anos 80 sobre a superação de uma menina, patinadora no gelo, de 16 anos ao perder a visão e conseguir se apresentar sem que ninguem soubesse que ela não mais enxergava. Ainda desconfio ser uma história real, e mesmo que não for, me arrancou lágrimas.
a música estava guardada na memória de maneira tão fresca, que parecia que eu tinha deixado na primeira gaveta!
obviamente um filme tão antigo em um mundo tão moderno e rápido teria seu registro no youtube, e ao investigar, BINGO lá estava justamente a cena final, da apresentação da nossa heroína que consegue se superar.  
menina da cidade de interior gosta de patinar, tem talento e um namorado que a ama. menina começa a fazer sucesso e o namoro não acompanha seu sucesso em suas viagens, assim namoro acaba mas ele segue amando-a. Logo quando chega ao topo, Lexie sofre um horrível acidente. Com o amor e apoio de seu namorado de infância, tranforma seu infortúnio pessoal em uma vitória comovente.
sei lá porque me tocou tanto, mas sei que no meio da macarronada de coisas que tenho dentro da cabeça esta noite, precisei escutar outra música para poder esqueca-la um pouco...
e para quem quiser saber mais sobre o que estou dividindo:

domingo, abril 19, 2009

receita de como incendiar uma casa


Uma pitada de desligamento das questões do trabalho;
Um sorriso e meio de filho para dar liga ao relaxamento;
Um bocado de saudade de passar bons momentos junto com o mesmo;
Um dia de véspera de feriado;
Um sopro de noitinha baixando na metrópole;
Uma colher de vontade de fazer um lanche informal;
Uma xícara de chá de esquecimento de comprar a salsicha prometida;
Meia xícara de improviso ao mudar de ingredientes;
Uma frigideira para fritar os bifes escolhidos;
Um pacote de pão de salsicha para confecção de sanduíches;
Um jogo semi-final do campeonato paulista na televisão;
Um punhado de óleo esquentando na frigideira;
Três lances controversos no jogo que passa na televisão;
Cinco minutos de polêmica, desavenças e violência dentro do estádio;
Dose fatal de ausência da cozinha;
Sensação de aumento de luminosidade na mesma;
Meio aviso de que tem algo errado no fogão;
Batatas frescas para queimadura.

Após deixar a frigideira com fogo aceso e ir verificar os ocorridos na televisão, espere o aquecimento efetivo do óleo, não marque o  tempo, para que seja efetivo.
Ao se formar a labareda azul meio esverdeada, mas que alcance meio metro, deixe queimando até alcançar outros materiais inflamáveis e está feito. Torça para a o óleo estar em quantidade suficiente para que a labareda tenha a vida útil para queimar o resto da cozinha e casa.
No caso de desistência ou falta de altura da labareda, retire a frigideira do fogão e leve com cuidado até a pia.
Se houver pressa neste último processo, você corre o risco de queimar a mão e não ter tempo de ligar a água da torneira para diminuir e extinguir a labareda.
Caso você tenha chegado a este ponto, verifique se há batata na geladeira, e, antes de cortar fatias para aplicar em cima da queimadura, verifique se a labareda foi abafada na pia, sem a abertura da torneira obviamente.
Coloque fatias da batata trocando regularmente até que cesse a dor e diminua a vermelhidão.
Se você chegou a esse ponto, não se lamente, siga com a terapia da batata, um dos melhores remédios naturais contra queimaduras, e tente novamente daqui um mês.
Boa sorte!

quarta-feira, abril 15, 2009

pomeriggio colorato

O relógio bateu treze horas.
Convidei Ana para almoçar. Nós duas tínhamos trazido comida de casa e bastava atravessar o museu  até a ala leste para alcançar a copa.
Falamos animadamente sobre assuntos variados enquanto comíamos. Parecia que não havia ninguém ali além de nós de tão animadas.
Descemos até o térreo para um café: não resisti e tracei uma sobremesa com leite condensado.
Depois seguimos para o banco fazendo companhia uma para a outra. Quando entramos, cada qual foi para um lado, e quando terminei o que tinha para fazer, fui ao encontro dela na mesa da atendente.
Papo para lá e papo para cá, virei e deparei-me com a imagem de um ator ali dentro do banco conversando  com uma funcionária perto do café, e como aqui em São Paulo não temos o costume de ver atores pela rua, chamei a atenção da Ana e comentei sobre ele.
Como vi que os trâmites dela iriam demorar um pouco, sai de perto da mesa e fui em busca de um copo d´agua que, coicidentemente estava do lado do café. Aproximei-me da dupla que havia visto antes e ela, talvez a gerente, me introduziu rapidamente na conversa, ele, ator simpático, me recebeu com um largo sorriso.
Sem grandes rodeios perguntei a ele qual era seu nome e ouvi em seguida uma educadaresposta:
Umberto, Umberto Magnani.
Lembrando do meu amigo Dudu Magnani, fiz menção a ele sem esperar resposta alguma, mas eis que veio:
Com anda aquela peste?
Não acreditei na coincidência, pois Dudu nunca mencionou que tinha um primo ator vindo lá de Santa Cruz do Rio Pardo.
Conversamos animadamente sobre seu parentesco com meu amigo até Ana se aproximar, recebendo um caloroso boas vindas de Umberto, que na despedida nos presenteou com suadoçura e simpatia no meio daquela tarde cinzenta paulistana, fazendo-a ficar definitivamente mais colorida.

sexta-feira, abril 10, 2009

sexta feira santa


Parecia mais um feriado de Páscoa: peguei Lucas na casa da avó e vim com ele até minha casa. Ao entrar no hall do prédio, encontramos a vizinha do quarto andar que nos cumprimentou e parecia que iria sair do prédio, pensei isso pelo forte odor de perfume que ela havia deixado no hall e elevador.
Subimos e resolvemos sair com  Gusmão para um passeio.
Quando descemos, encontramos a mesma vizinha no portão, olhando para a rua como se estivesse esperando alguém. 
Vim a compreender o que ela estava olhando, quando ganhamos a rua e demos de cara com muitas velas iluminando a rua estreita, acompanhado de um carro de policia que assegurava a procissão da sexta feira santa.
Neste momento Lucas se assanhou e correu para perto das pessoas querendo descobrir o que significava todas aquelas velas acesas em direção ao canto de uma mulher toda de preto em cima de uma cadeira, com a imagem de Cristo nas mãos.
Seguimos um pouco o caminhar religioso daquelas pessoas que cantavam músicas de minha infãncia no colégio de padres canadenses. Lucas não tirava o olho daquele gente, sem entender muito bem  tudo aquilo, querendo estar perto e estar longe do movimento.
Quando eles viraram a esquina, e o cântigo foi se perdendo entre sons de radios dos carros que ali esperavam a passagem e o passo apressado das pessoas que não se envolviam.
e tudo voltou ao normal.

segunda-feira, abril 06, 2009

fiel


cheguei em casa tão agitada e que não consegui ir dormir sem escrever sobre o filme que acabo de ver: a pré estréia do filme Fiel.
Chegamos 5 garotas no shopping Frei Caneca: 3 corinthianas e 2 são paulinas, mas numa boa, fomos de peito e coração aberto, senão, para que ir?
Aquela muvuca, nomes na porta e muitas câmeras e entrevistas, flashes e pessoas, muitas pessoas!
As duas são paulinhas entraram e se desviaram de todo aquele auê até alcançar o café, de onde se via todo a movimentação lá de fora. logo as corinthianas se juntaram ao observatório, muitos comentários, risadas, desncontração misturada com a excitação e expectativa do filme que estava para começar.
Entre os vários tipos de camisetas do timão andando para lá e para cá do saguão, reconheci F. Santoro, amigo de infância [ontem!] e atual advogado do Corinthians e na correria da fila para entrada na sala de exibição, pude notar sua elegância e na lapela do terno o pim do time, um abraço e sorrisos. Outros rostos conhecidos passaram como se fosse um filme, sem estar em um, mas com a sensação de. gente de tudo quanto é tipo: uniformes da gaviões, ternos alinhadíssimos, vestidos longos, jeans rasgados e muita emoção da torcida da fiel.
Senti-me quase em um estadio quando entrei na sala de exibição e atrás de mim entrou um grupo da gaviões bem agitado, mais do que eu. Seus gritos permearam a exibição toda, mas não tirou o brilho do filme, documentário este que relata a trajetoria do timão na queda para a segunda divisão e volta triunfal, narrada através de vozes do povo, de jogadores e do técnico mano menezes.
não sou torcedora do timão, mas devo confessar que tive momentos de emoção desde a apresentação de serginho groismann e andreia a diretora do filme, passando por momentos angustiantes que o time passou no ano de 2007 até a volta em 2008.
acho que não é do tipo de filme que eu pagaria para ver no cinema, como haverá muito torcedor que de fato o fará, mas vejo como um privilegio poder ter estado ali, assistindo ao lado de fervorosos corinthianos a história do time deles. tenho grandes amigos torcedores do timão que sei trocarei muitas impressões...
obrigada pelo convite povo do museu!!! [e M. Rubens P.tb!]rs


domingo, abril 05, 2009

rancor x mágoa = viva a vida


sentimentos menos nobres também permeiam nosso dia a dia.
outro dia descobri que fulano não me aprecia, e nem me conhece! mas como ele mesmo não tem boa fama, sei que tudo que ele deseja para mim, voltará para ele.
fico de fato tranquila pois mais cedo ou mais tarde, sem ele perceber, tudo voltará.
acredito muito no famoso o feitiço se volta contra o feiticeiro.
aliás, cada vez mais eu desejo coisas boas para as pessoas. claro que não dá para apreciar pessoas que nem esta citada acima, mas dá para ignorar esse tipo e gente, e essa é minha política agora, já que não sou tão habilidosa em lutar com as mesmas desprezíveis armas... 
outro dia um [ex?] amigo citou a diferença entre mágoa e rancor.
ele disse que rancor fica e mágoa desaparece. 
fiquei pensando sobre isso...será que ele queria dizer que estava magoado naquele momento e tudo desapareceria depois? então porque ele disse o que disse e fez o que fez? ele não sabe que o que dizemos e fazemos tem seu peso e impressão no outro?
se estamos magoados e temos essa consciencia, então porque magoar o outro? que prazer sádico é este? 
não sou rancorosa, mas vivo intensamente os sentimentos do momento: se estou com raiva, a deixo sair e se sou atacada, em meu limite, eu retruco. 
se estou feliz, porque não irradiar isso às pessoas que estão perto de mim??
se estou triste, deixo as lágrimas rolarem, seja onde estiver, com quem estiver. precisamos de fato ficar o tempo todo se contendo? precisamos sempre manter a aparência? que aparência?qual o custo disso? perder um abraço? chegar até o lado mais sensível até da pessoa mais insensível?essa de ficar se contendo, qualé? não quero ter câncer!
por isso clamo por um brinde à vida e deixo o texto do jabor para reflexão!

SEJA FELIZ E PRONTO... 
(Arnaldo Jabor)
A idiotice é vital para a felicidade. Gente chata essa que quer ser séria, profunda e visceral sempre.
A vida já é um caos, por que fazermos dela, ainda por cima, um tratado? Deixe a seriedade para as horas em que ela é inevitável: mortes, separações,
dores e afins.
No dia-a-dia, pelo amor de Deus, seja idiota! Ria dos próprios defeitos. E de quem acha defeitos em você.
Milhares de casamentos acabaram-se não pela falta de amor, dinheiro, sexo, sincronia, mas pela ausência de idiotice. Trate seu amor como seu melhor amigo, e pronto.
Quem disse que é bom dividirmos a vida com alguém que tem conselho pra tudo, soluções sensatas, mas não consegue rir quando tropeça?

Ha ha ha ha ha ha ha ha!

Alguém que sabe resolver uma crise familiar, mas não tem a menor idéia de como preencher as horas livres de um fim de semana?
É bem comum gente que fica perdida quando se acabam os problemas. E daí, o que elas farão se já não têm por que se desesperar?
Tudo que é mais difícil é mais gostoso, mas... A realidade já é dura; piora se for densa. Dura, densa, e bem ruim.
Brincar é legal. Entendeu?
Esqueça o que te falaram sobre ser adulto, tudo aquilo de não brincar com comida, não falar besteira, não ser imaturo, não chorar, não andar descalço, não tomar chuva.
Pule corda! Adultos podem (e devem) contar piadas, passear no parque, rir alto e lamber a tampa do iogurte.
Ser adulto não é perder os prazeres da vida - e esse é o único "não" realmente aceitável. Teste a teoria.
Uma semaninha, para começar. Veja e sinta as coisas como se elas fossem o que realmente são: passageiras.
Acorde de manhã e decida entre duas coisas: ficar de mau humor e transmitir isso adiante ou sorrir...
Bom mesmo é ter problema na cabeça, sorriso na boca e paz no coração!
Aliás, entregue os problemas nas mãos de Deus, confie e espere só NELE e pra relaxar que tal um cafezinho gostoso agora?

"A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios". "Por isso cante, chore, dance e viva intensamente antes que a cortina se feche".

Seja você mesmo sempre e VIVA A VIDA!!!!