
Parecia mais um feriado de Páscoa: peguei Lucas na casa da avó e vim com ele até minha casa. Ao entrar no hall do prédio, encontramos a vizinha do quarto andar que nos cumprimentou e parecia que iria sair do prédio, pensei isso pelo forte odor de perfume que ela havia deixado no hall e elevador.
Subimos e resolvemos sair com Gusmão para um passeio.
Quando descemos, encontramos a mesma vizinha no portão, olhando para a rua como se estivesse esperando alguém.
Vim a compreender o que ela estava olhando, quando ganhamos a rua e demos de cara com muitas velas iluminando a rua estreita, acompanhado de um carro de policia que assegurava a procissão da sexta feira santa.
Neste momento Lucas se assanhou e correu para perto das pessoas querendo descobrir o que significava todas aquelas velas acesas em direção ao canto de uma mulher toda de preto em cima de uma cadeira, com a imagem de Cristo nas mãos.
Seguimos um pouco o caminhar religioso daquelas pessoas que cantavam músicas de minha infãncia no colégio de padres canadenses. Lucas não tirava o olho daquele gente, sem entender muito bem tudo aquilo, querendo estar perto e estar longe do movimento.
Quando eles viraram a esquina, e o cântigo foi se perdendo entre sons de radios dos carros que ali esperavam a passagem e o passo apressado das pessoas que não se envolviam.
e tudo voltou ao normal.
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