quarta-feira, outubro 29, 2008

domingo, outubro 26, 2008

O tempo
"A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.Quando se vê, já são seis horas!Quando se vê, já é sexta-feira...Quando se vê, já terminou o ano...Quando se vê, perdemos o amor da nossa vida.Quando se vê, já passaram-se 50 anos!Agora é tarde demais para ser reprovado.
Se me fosse dado, um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando, pelo caminho, a casca dourada e inútil das horas.Desta forma, eu digo:
Não deixe de fazer algo que gosta devido à falta de tempo, a única falta que terá, será desse tempo que infelizmente não voltará mais."
Mário Quintana

segunda-feira, outubro 13, 2008

noite agitada

esta noite sonhei que dizia em voz alta: está bem, eu caso!
e a partir dali eu arrumava meu casamento em uma cidade de interior,
com todas as pompas, massagem, cremes e um belo vestido.
e pessoas me esperando na igreja!
não vi noivo, não vi casamento, mas era nítido que eu estivesse sonhando
com meu próprio casamento.
quando acordei, fui buscar o significado dele, então li:

Sonhar que se participa do próprio casamento é mau agouro, pois o casamento também significa morte, e o sonho anuncia que se terá oportunidade de acompanhar um enterro. O presságio, é, porém, menos desfavorável, se não se participa da alegria geral. Se a pessoa se contenta em assistir ao seu casamento, está destinada a sofrer com a identidade de uma mulher.

depois disso, olhei para a janela e resolvi pensar em outra coisa.

segunda-feira, outubro 06, 2008

diferente


Ela sentia-se sozinha desde que se conhecia por gente.
Cresceu dentro de uma família numerosa, com muitos irmãos homens que falavam alto e sempre tinham a vez de falar na hora do almoço e jantar.
Ela cresceu tímida e sem voz ativa, suas idéias eram sempre ridicularizadas pelos irmãos troculentos.E ela cresceu insegura, ela era sensível demais.
Cresceu.
Na adolescência teve alguma confidência dos mesmos que a atropelavam na infância, mas mesmo assim, ela não se sentia parte do todo, pois quando estavam reunidos, ninguém podia escutar sua voz no meio das altas vozes dos irmãos e primos, ela era somente a única menina no meio dos meninos.
Por isso ela conheceu bem a essência dos meninos, podia bem compreendê-los em todos os sentidos, sabia como eles reagiam, o que eles queriam, o que desejavam e como pensavam. Mas isso não impediu que ela sofresse e sempre esperasse um reconhecimento como ser humano.
O tempo passou e ela se formou, cresceu e encontrou seu jeito de ser, bem diferente dos irmãos, da família, dos padrões.
Aprendeu que o grande exercício da vida consiste em aceitar as diferenças, coisa que ela não encontrou dentro de sua própria família, isso mexeu com sua sensibilidade e aflorou sua insegurança.
Assim cresceu, as duras penas, cresceu.
Hoje não tem final feliz nem infeliz, ela continua sensível, nem mais nem menos, continua insegura as vezes superando mais e outras menos, e segue com irmãos troculentos e de pouca sensibilidade, isso sempre muito, muito sempre.
Ela segue sabendo quem é, mesmo se ninguém de sua família saiba ou tenha notado que ela cresceu e se tornou algo a mais do que apenas
diferente.