sexta-feira, junho 30, 2006

nobres ciganos



VIAJAR COM UMA CRIANÇA tem toda uma outra conotação. As pessoas te olham com compaixão, se tornam solidárias, elogiam teu filho e se envolvem na situação.
Sinto que para eles pequenos não existe nenhuma limitação, seja de tempo, lugar ou circunstância. Adaptam-se facilmente baseados na segurança na pessoa que os ama. Ah! crianças anjos iluminados, mostram e ensinam caminhos inusitados à nossa consciência adulta. E seguimos confiantes de que nossos cuidados são fundamentais a eles.
Me encontro no aeroporto de Fortaleza ao lado desse ser iluminado que está completamente mergulhado em sonhos secretos dentro do sono mais profundo. Estou há horas na vigilia-ele precisa descansar depois de sair de Jericoacoara às 22h30, seguir na jardineira por entre as dunas cearenses que nos levariam até Jijoca uma hora depois para troca de veículo-dessa vez um belo ônibus com ar condicionado, onde dormimos enrolados um no outro até as 4h30 da manhã. Dessa vez a parada era a estação rodoviária de fortal, que medo, fugi com o pequeno em meu colo, que dormitava sem entender muitoo que se passava até desembarcarmos no aeroporto, porto seguro e ele pode finalmente voltar a dormir.

CONTINUA

sexta-feira, junho 09, 2006

A fuga do Jegue

Mais uma vez saindo de sampa, mas dessa vez com uma companhia bem especial.


Pegamos o avião em Cumbica sob lágrimas da vovó, estivemos dentro do avião por mais de três horas e nele conhecemos uma menina de nove anos descoladérrima que chegava da America-palavras dela.

Chegamos em Fortaleza depois do almoço e ficamos no aeroporto pois dali a três horas teríamos nova partida com a Redenção para Jijoca e troca de condução a meia-noite para uma jardineira que nos levaria finalmente para Jericoacoara-litoral do Ceará.

Ufa, uma da manhã conseguimos chegar em Jeri, e no meio da bagunça do cansaço, da noite e da chegada e triste constatação: nossas malas ficaram no onibus em Jijoca...

Bom, chegamos vai!
...recuperamos nossas malas somente no dia seguinte às duas da tarde, e que calor!

Ah, dia seguinte mesmo consegui queimar minha mão com café, mas logo fui socorrida com tratamento a base de batata no local atingido e nada restou como marca do acidente.

hum, dias lindos, sol, protetor no meu campeão de caminhadas na areia sem perder os chinelos e eis que chegamos ao dia de hoje.

Mais uma vez fomos a duna principail ver o por-do-sol, e quem nos acompanhou foi a lua esta tarde.
Subimos para tomar nosso coco diário e o plano era passar aqui onde estou sentada escrevendo para justamente escrever estas palavras quando entrei no cyber e caminhei 3 passos dentro da loja, olhei para trás e não vi minha iluminada companhia...

Sai e olhei em direção a barraquinha de coco que estavamos, nada... cadê Lucas?

Estava estranhamente tranquila, até o momento que me dei conta que ele não estava em nenhuma das lojas e restaurantes num raio de 300 metros do local do sumiço.

Devo dizer antes demais nada que ele está aqui do meu lado quase não me deixando escrever enchendo meus ouvidos com doces palavras como "minha querida" e obviamente se pendurando em meu pescoço, abalando toda e qualquer concentração que eu poderia ter nesse momento pós sumiço.

buenos acionei até a polícia que estava ali na praça, conversei com todo mundo que conhecia e que não conhecia, até que um recém-conhecido o achou na rua paralela, seguindo um jeguinho que ia tranquilamente sem rumo pelos becos e ruas de jeri.

Vou comprar uma coleira para Lucas no supermecado
!