O som do motor ligado se confundia com a algazarra das crianças que se aprontavam para sair para o passeio.
Enquanto subiam nos carros, suas risadas misturadas com chapéus coloridos, mochilas, shorts e bonés a balançar com o vento, enchia a atmosfera marrom azulada de Barreirinhas.
A vizinha abria meia porta e colocava apenas o nariz para fora tentando entender o que se passava aqui fora.
A lembrança da chegada a Atins dias atrás, me levou àquele vilarejo por segundos. De volta a Barreirinhas pela passagem e uma bicicleta, me vejo sentada a observar o vizinho que retirava a sua rede-cama da varanda no intuito de começar seu dia.
Os minutos pareciam horas diante do olhar do senhor na varanda que observava a espera ansiosa das crianças.
A professora controlou tudo antes da partida no chão restou apenas a poeira banhada pelo sol que o esquentava.
agosto de 2005
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