quinta-feira, outubro 13, 2011

passado desnudado morto enterrado


Doí demais
Doí saber que nao mais te terei ao meu lado
 Que a saudade vai machucar
 Que irei aprender
Debaixo de meu sofrimento
Que o tempo será um bom remédio
 Mas até o vento levar tudo de ruim, terei tempo de sofrer
 De chorar escondido e lágrimas marearem meus olhos de modo que eu não consiga ver
Mas quem sabe começar a enxergar
Ficar quieta fará parte desse luto
Mas além de chorar, sorrir ao lembrar das coisas boas
 Dos momentos engraçados
Afinal
Te escolhi
Te escondi
Te mostrei
Te machuquei
Te empurrei
Te protegi
Agora vou deixar o vento passar pela minha alma perfurada
Como uma seda negra rasgada ao vento
Ao acaso, voando com descaso
De modo que tudo fique remediado
E sobre apenas os ensinamentos
O eco das risadas nos cantos conhecidos
O calor do corpo que nao estará mais lá
O abraço que tem seu espaço
Das conversas que nunca aconteceram
Dos beijos que nao foram sentidos
Do querer infinito
Do tempo que nao foi amigo
Do resto dos restos.
Até que as lágrimas sequem e nossos passos sejam mais seguros
Nosso olhar para o horizonte encontre seu caminho
Sua serenidade, seu equilibrio
E a música toque outra vez em nossos corações.

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