sábado, outubro 28, 2006

de tudo nada sei

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Esta noite quando tentei descansar a cabeça nessa segunda feira molhada, percebi que meu coração se partiu ao meio e minha mente, num turbilhão, misturou lugares e pessoas quase não cabendo tudo em mim.
Fiquei inquieta por mais que Tchaikovsky tentasse acalmar meus ânimos, a perspectiva de criar raízes --por mais assutador que pareça, traz consigo a vontade de desatar o laço do doce desconhecido.
O vivido parecido, a conquista do conquistado.
Por um instante os meses vividos no Ceará me pareceram uma vaga e saborosa lembrança --seria eu capaz de não voltar?
Estou aqui com o próximo destino marcado: Bolívia, que me traz sim o verdadeiro sentido das raízes, longínquas, amorosas, fortes, com pessoas importantes e queridas.

Como que me me despedindo dessas paredes, o desejo de olhar para as minhas próprias aumenta, aumentando assim a vontade do amanhã.
Meu canto, nosso canto.
Tão perto, tão sonoro.
E o friozinho na barriga perdurará até tudo se concretizar.

[Acordei e minha alma e meu corpo estavam triturados--eu pesava 5 toneladas, seria o peso da consciencia literalmente?]

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