quarta-feira, maio 16, 2007

sonhos


entre sonhos, devaneios e entrelaçar de pernas, o desenho de duas rosas se fez nítido; uma branca e outra negra, em um balé perfeito na noite escura.

senti ainda mais: um conjunto de cubos transparentes que se encaixavam ao longo dos corpos num infindável jogo de preto e branco.

a tranquilidade do sono de depois se perdeu depois do beijo de despedida.

devo confessar que o exercício de abrir a porta de minha casa não foi fácil, mas também me trouxe a dificuldade de deixar-te ser engolido pelo gélido ar da madrugada, abandonando sua imagem esfumaçada na penumbra.

o radio ligado que antes nos acobertava, se tornou vazio e a risada da lembrança dos pés descobertos fora da cama se fez presente.

em meio a sonhos, devaneios, e entrelaçar de corpos, as cobertas nem foram ajeitadas devidamente.

e o teu cheiro ficou, assim como o calor de suas mãos em minha pele.

fechei os olhos e sonhei novamente.

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