segunda-feira, maio 11, 2009

que medo

Ben Harper cantava suavemente quando, vindo da janela, ouvi um assobio do vento acompanhado de gritos de crianças assustadas.
Pela fresta da janela entreaberta, vi árvores de debatendo contra o vento. Intrigada me aproximei e, sem abrir a janela, constatei uma forte ventania que levantava folhas e papéis pela rua e redemoinhos de poeira diante dos olhos incrédulos dos transeuntes que corriam pela calçada.
Tudo na rua balançava, o cabelo das pessoas, os sacos de lixo que aguardavam o lixeiro, o espelho da garagem do prédio da frente, até o helicoptero parecia instável diante daquele céu cinza. Pensei na tempestade que viria em seguida.
A furia do vento esvaziou a rua, os vidros balançavam como se o vento quisesse entrar a força, ora parava, para depois recomeçar mais forte ainda.
Os trovões se aproximavam e o céu perdia seu azul para dar lugar ao cinza escuro.
Os primeiros pingos traziam a bonança prematura daquele vento assustador.
É...acho que vai chover

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