Pela fresta da janela entreaberta, vi árvores de debatendo contra o vento. Intrigada me aproximei e, sem abrir a janela, constatei uma forte ventania que levantava folhas e papéis pela rua e redemoinhos de poeira diante dos olhos incrédulos dos transeuntes que corriam pela calçada.
Tudo na rua balançava, o cabelo das pessoas, os sacos de lixo que aguardavam o lixeiro, o espelho da garagem do prédio da frente, até o helicoptero parecia instável diante daquele céu cinza. Pensei na tempestade que viria em seguida.
A furia do vento esvaziou a rua, os vidros balançavam como se o vento quisesse entrar a força, ora parava, para depois recomeçar mais forte ainda.
Os trovões se aproximavam e o céu perdia seu azul para dar lugar ao cinza escuro.
Os primeiros pingos traziam a bonança prematura daquele vento assustador.
É...acho que vai chover
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