quarta-feira, novembro 11, 2009

Save Trip Home

Hoje acordei dando bom dia ao sol ouvindo boa música.

Tudo me parecia diferente -- acho que aquilo que estava diferente

era eu internamente,

e a vontade de ficar diferente.

A música entrou pelo fone de ouvido sem pedir licença e me tocou.

Lá no fundo, na sensível sensibilidade;

interna, bem internamente;

suave, suavemente,

como veludo.

E tudo passou a ter essa sensação,

essa cor.

Pensei naquela pessoa assim, sem querer...meu coração se aqueceu.

O sorriso daquela criança que brincava com retalhos de pano enquanto pedia dinheiro no semáforo, imaginando uma roupa nova, pareceu mais iluminado quando percebeu que alguém lhe roubava a magia do momento e a observava...

O desencontrar de mãos, primeiro ela procurando a dele e depois ele tomando a dela, para finalmente atravessar a avenida de mãos dadas e protegidas do casal de meia idade que esperava a vez de atravessar, pareceu mais meigo, unido e carinhoso...

Os problemas não resolvidos me pareceram tão leves...

As minhas amizades mais valiosas ainda...

Minha sinceridade menos severa...

Querer encontrar o pequenino logo era deixar o dia mais desejoso de seguir em frente.

Regado pelo mesmo sol que iluminou meus caminhos pela manhã, agora na volta,

quase se despedindo.

O som das cordas do violão e a voz suave da canção deixou a rua mais aveludada.

Não ouvia mais buzinas,

Não sentia cheiro de cigarros,

Nem via cara feia de gente triste,

Não ouvia rancores de corações apertados.

E o que permeava a alma era apenas a serenidade que tanto buscava...

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